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A arte de Kiko Azevedo

 

 

 

Kiko Azevedo em seu atelier, em Barão Geraldo, ao lado de Campinas, SP.
A ARTE DE KIKO AZEVEDO
Renato Kerr para o Mundo Agrícola
Fotos de Alex Ribeiro
O atelier de Kiko Azevedo, em Barão Geraldo, é aberto para um quintal com árvores e um gramado bem cuidado onde os gatos da família vivem esparramados. Na sala ao lado ficam livros, um computador e entre outras coisas uma boa lupa com luz. Kiko é escultor. Usou a lupa para me mostrar os detalhes de um pequeno cavalo que ele fez em bronze. Seus cavalos são magníficos, perfeitos. Um bom entendedor reconhece imediatamente a raça esculpida. Obras de outros artistas, como o mestre Tao Sigulda, estão ali, cada uma com uma história especial. Maristela, a esposa de Kiko, saiu para levar uma peça para a fundição. Ela é economista e, além de cuidar da administração do atelier, participa também da parte criativa do trabalho.
3M - Prêmio Destaque 2007

Atualmente Kiko se dedica exclusivamente à produção de esculturas e aos negócios que giram em torno dessa atividade. Um deles é a produção de brindes. Mas não são brindes comuns. São peças com desenho personalizado, às vezes totalmente em bronze, feitas para empresas que buscam um marketing diferenciado. Kiko também cria esculturas para colecionadores e para serem expostas em galerias de arte. Mas, só faz duas ou três peças desse tipo por ano, porque são trabalhos que pedem mais tempo e envolvem outros valores artísticos e materiais.

Essa escultura é uma peça de arte para colecionadores e exposições.

Recentemente ele ganhou destaque na mídia pela criação do troféu para a Taça Guanabara, um dos campeonatos de futebol mais importantes do país. Sua produção de nessa área começou com a encomenda do troféu para um torneio das categorias de base da FERJ - Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro. O trabalho foi bem aceito e resultou em novos trabalhos, dessa vez para os campeonatos da segunda e da terceira divisões, até que veio a Taça Guanabara. E não parou por aí. Recebeu também a incumbência de criar a nova Taça Rio, que se encontra em fase de elaboração.

Kiko já fazia troféus para provas eqüestres. No começo ele aprendeu com seu amigo Paco di Ribes, que era o responsável pela criação de troféus para a ABQM - Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha. Um dia, seguindo os passos do amigo, ele passou a fazer troféus para a ABQM e também para a ABCP - Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Paint Horse.

O artista é um apaixonado por cavalos. Foi criador da raça quarto de milha e era cavaleiro em competições eqüestres. Teve uma selaria que marcou época no centro de Campinas. Foi ele quem começou a fazer artesanalmente as famosas selas Delfos, que chegaram a ter fila de espera de um ano e foram vendidas até nos Estados Unidos.

A arte de Kiko Azevedo é conhecida no Brasil e no exterior.

Com o trabalho de escultor ganhando uma relevância cada vez maior em sua vida, Kiko resolveu dar um grito de guerra: “Agora, ou eu vivo de arte ou em morro de arte”. Foi há cerca de oito anos. Ele ainda não sabia, mas a fase que estava começando naquele momento seria marcada por sua aproximação de Tao Sigulda, um artista plástico extraordinário cujo trabalho é reconhecido no mundo todo.

Tao Sigulda nasceu em 1914, na Letônia, e viveu até os anos 50 do século passado na Europa. Passou a maior parte desse tempo na Alemanha, estudando e fazendo exposições que chegaram às grandes galerias de Berlim, Stuttgart, Paris, Viena, Nápoles e outros centros artísticos importantes. Veio para o Brasil na década de 60. Participou aqui de diversas exposições, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, além de continuar levando suas obras para a Europa e também para os Estados Unidos, Canadá e África. Seu trabalho no Brasil pode ser visto em lugares como a Igreja do Preciosíssimo Sangue de Cristo, no Rio de Janeiro, onde ele fez todas as esculturas, assessórios religiosos e vitrais.

Com sua esposa Tama, Tao acabou se estabelecendo nos arredores de Jarinu, onde fundou o Centro Cultural Tao Sigulda. Foi ali que Kiko o conheceu pessoalmente, há cerca de vinte anos, através do amigo Paco di Ribes. A relação entre os dois foi extremamente produtiva. Com o tempo, Kiko se tornou o assistente principal de Tao Sigulda, a quem acompanhou até o fim de sua vida, com 91 anos de idade. “Tao me disse que eu tinha uma obrigação para com a arte e me ensinou a ver o que é a alma da arte”.

Kiko Azevedo é um autodidata cujo trabalho não pára de evoluir. Em seu atelier, onde diversos trabalhos estão em andamento, ele prepara uma obra especial que deverá ser apresentada ao público no meio deste ano, durante o Festival de Inverno de Serra Negra. Os detalhes não podem ser adiantados, mas ele diz que vai ser uma homenagem a um grande ator brasileiro.

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